Por Aristoteles Atheniense
Na recente avaliação do jornal “Financial Times” sobre a crise política e econômica brasileira, teve como destaque o reconhecimento de que a “incompetência, arrogância e corrupção abalaram a magia do Brasil”.
Segundo aquele importante veículo, a exaltada oitava economia do mundo vive uma fase de recessão profunda, consequente dos desmandos havidos na Petrobras, de que resultou a prisão de executivos das maiores empresas nacionais. O quadro tornou-se ainda mais inquietante com o indiciamento do ex-presidente Lula, sob a acusação de tráfico de influência.
Assim, Dilma Rousseff, no sétimo mês de seu segundo mandato, corre o risco de ser cassada, sem que a experiência anunciada com a troca do Ministro da Fazenda contivesse a deterioração da economia e a perda de apoio no Congresso.
Embora os seus aliados políticos neguem que a presidente seja corrupta, empenhando-se na sua manutenção no poder, “esse cálculo pode mudar à medida que eles tentam salvar suas peles”.
O editorial do jornal britânico focalizou a devassidão institucional, além de admitir que Dilma venha a suportar solitariamente os três anos de governo que lhe restam. Daí comparar este processo a um “filme de terror sem fim”, admitindo que “tempos piores ainda estejam por vir”.
Neste mesmo diapasão, o jornal português “Publico” (18.7) enfocou o aniquilamento do governo atual. Ressaltou que o Tribunal de Contas da União, “instituição que tem que decidir se há desvio nas contas do Governo, tem um filho acusado de tráfico de influências no escândalo da Petrobras”.
Daí a indagação a ser feita: O PMDB quer o poder, o PSDB quer o poder. Afinal, o que vai sobrar para o PT? Vai desaparecer como força política? Lula voltará à presidência?
Como esta celeuma repercute na imprensa estrangeira, forçoso é reconhecer a inanidade que as críticas de Lula e seus apaniguados fazem à mídia brasileira, que busca enfraquecer o Executivo e a recondução do ex-presidente ao Planalto.
A situação do Brasil no cenário internacional só perde para a Grécia. É flagrante a identidade populista que une Dilma Rousseff ao destemperado Alexis Tsipras e a semelhança de propostas entre o Syriza e o cambaleante PT.
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