Dia do Advogado: 184 anos de esperança e responsabilidade
Na data em que solenizamos a fundação dos cursos jurídicos (11/08/1827) em São Paulo e Olinda, vale enfatizar o papel relevante que aquela iniciativa teve na cidadania, divulgando a compreensão e a importância do Direito em seus variados matizes.
O mundo nos submete às regras indispensáveis ao convívio em sociedade, que disciplinam o nosso comportamento onde quer que estejamos.
No passado, a figura provecta do juiz equivalia a de um advogado comedido e purificado pela idade, de quem os anos tiraram as ilusões, os exageros e os impulsos próprios da juventude. No sistema inglês, os altos magistrados são escolhidos entre os advogados mais idosos e experientes.
Lembro, hoje, à nova geração que nenhum advogado é bastante rico para rejeitar as causas justas, porque sejam pequenas; nem tão pobre que deva aceitar causas injustas porque sejam grandes.
O bom advogado – advertiu CALAMANDREI – é aquele de quem, terminado o debate, o juiz não se lembrará de seus gestos nem de seu nome: mas recordará exatamente os argumentos que saídos daquela beca iluminada farão o cliente ganhar a causa.
Celebremos, pois, com altivez e responsabilidade, os 184 anos da existência de nossa profissão no Brasil.
E que esta encarne os ideais que acalentamos na mocidade, concorrendo para valorização do ser humano na sua acepção verdadeira.
ARISTOTELES Dutra de Araújo ATHENIENSE
Advogado. Conselheiro Nato da OAB
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