Redes sociais trazem desafios para os gestores de TI
Uma das tarefas mais difíceis que atormentam um CIO no enfrentamento da gestão da tecnologia da informação nas empresas é a missão de estabelecer limites entre a informação que circula entre a esfera pessoal dos empregados e colaboradores e a profissional. Este problema vem se acentuando com a aceleração do uso das redes sociais que demandam um cuidado maior de monitoramento constante ante a possibilidade de incidentes que possam causar danos consideráveis para a reputação e o patrimônio das empresas.
Com a crescente utilização das mídias sociais pelas empresas, muitas se vêem diante de um problema: como estabelecer limites e monitorar conteúdos que trafegam na rede corporativa?
O que prevalece até então tem sido o bloqueio de sites tais como Twitter, Linkedin, YouTube, Facebook e Orkut. Porém esta medida por si só, não isenta a empresa de se preocupar em manter uma estratégia contínua de blindagem digital da sua marca, reputação e de todo o patrimônio digital, que poderão vazar por meio de pendrives, acessos remotos ou não autorizados, smartphones ou mesmo o emprego por métodos de burla dos filtros de conteúdo por parte de terceiros.
O que efetivamente pode gerar resultados minimizando o risco de incidentes é o somatório do emprego de ferramentas tecnológicas adequadas que possam monitorar o conteúdo e os acessos da rede, somado a uma estratégia da elaboração de uma política de segurança da informação que demanda revisão periódica, para fixar limites do uso da infraestrutura de TI, concomitante com um plano de conscientização dos envolvidos sobre os riscos em compartilhar dados corporativos e de caráter confidencial nas redes sociais.
Uma boa prática recomendada seria adotar uma semana anual de prevenção de incidentes de tecnologia da informação nas empresas, a exemplo do que já acontece com a semana de prevenção dos acidentes de trabalho, de modo a conscientizar, fomentar o debate sobre o tema, em busca de uma reflexão se as regras de utilização da infraestrutura de TI está em sintonia com os sistemas adotados.
O que diferencia as empresas em relação aos prováveis incidentes que serão gerados a partir das redes sociais será o poder de reação para reduzir o impacto do dano causado, isto demanda o monitoramento constante com as ferramentas adequadas, a conscientização dos empregados, a preservação das provas e a tomada das medidas jurídicas cabíveis de forma célere para evitar a disseminação de conteúdos ilícitos.
ALEXANDRE Rodrigues ATHENIENSE
Advogado especialista em Direito de Tecnologia da Informação
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