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A manutenção da Casa da Moeda

O processo de privatização, com a divisão das tarefas entre o Estado e empresas particulares, favorecerá a recuperação da economia, gerando a criação de emprego e produtividade.

Isto concorrerá para que os recursos mal administrados pelo Estado prestem-se à melhoria do ensino, saneamento, segurança e transporte, que, por serem prioritários, devem contar com receitas suficientes no cumprimento de sua finalidade.

Assim que deflagrada a notícia, houve quem se surpreendesse com a inclusão da Casa da Moeda no rol das empresas que seriam alvo dessa metamorfose. A oposição considerou a iniciativa somente como um lampejo de Temer em busca de solução que pudesse concorrer para a sua estabilidade política.

Como noticiou o “Estadão” (25.8), a Casa da Moeda gasta R$ 8 milhões por ano para manter uma estrutura de 22 médicos, 11 fisioterapeutas, 1 massoterapeuta, 2 dentistas, 2 psicólogos, 1 nutricionista, 1 farmacêutico, 9 enfermeiros, 3 técnicos de enfermagem, 5 recepcionistas e 7 motoristas. A equipe é responsável pelo atendimento de seus 2.700 funcionários.

Este contingente foi contratado por Dilma Rousseff, atendendo a indicações de seus correligionários. O atual presidente, Alexandre Cabral, está empenhado em promover uma revisão no quadro de pessoal, havendo extinguido 99 funções comissionadas e três superintendências, reduzindo a despesa anual em R$ 14 milhões.

Esses números serviram para ilustrar os abusos praticados nas administrações petistas, gerando natural curiosidade quanto ao que ocorre em outros órgãos estatais. Seus dirigentes são escolhidos pelos apaniguados do Planalto, mesmo que não versados no exercício das funções para que foram recrutados.

O sucesso das medidas de que o Estado continuará a participar não dependerá somente da implantação da pauta de reformas, mas, sobretudo, de pessoas competentes, sem que ocorram semelhantes favorecimentos aos que sucederem na Casa da Moeda.

Não há hoje motivo que justifique a presença do Estado em atividades que não lhe dizem respeito. Urge despolitizar os órgãos públicos.

Por maior que seja o interesse em desfazer esta parafernália, não se conseguirá sequer avaliar o prejuízo que a Nação suportou nas gestões lulistas, que instalaram uma rede obsoleta e ineficiente mantida por políticos que lotearam o Brasil com o propósito de conservar as benesses que os alimentou à custa de ingentes sacrifícios do povo brasileiro.

Aristoteles Atheniense

Presidente da Seccional mineira da OAB por dois períodos (1979 a 1983); Secretário Geral do Conselho Federal (1993/1995); Vice-Presidente Nacional da OAB

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